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Volodymyr Zelenskiy: Do humor à presidência.



O novo presidente ucraniano é um humorista. Sim, é verdade. Parece uma piada, mas não é.


O novo presidente, Volodymyr Zelensky, não tem qualquer tipo de experiência em cargos políticos, no entanto recolheu votos mais do que suficientes para adquirir o estatuto de presidente. Venceu a concorrência de forma esmagadora com 73% dos votos, contra 25% do anterior presidente Petro Poroshenko. É caso para dizer que a expressão 'da ficção para a realidade' nunca fez tanto sentido.


Zelenskiy prometeu ao povo ucraniano manter o rumo do antecessor, e exigir a Vladimir Putin o fim da ocupação dos territórios ucranianos, além de uma compensação pelos conflitos dos últimos anos. Este vai herdar de Poroshenko um conflito travado entre as tropas ucranianas e separatistas orientais, e algumas exigências e compromissos com a União Europeia (UE) para estreitar os laços económicos e sociais. Segundo dados da UE, cerca de 12% das 44 milhões de pessoas que residem em território ucraniano estão privadas de vários direitos humanas, sendo grande parte as pessoas que vivem na Crimeia.


Volodymyr Zelenskiy é um ator e comediante (e agora presidente) que ficou conhecido pela sua prestação na série “Servos do Povo”, onde interpretava um professor que, acidentalmente, se viu na cadeira do poder depois de ter feito um discurso dramático sobre o estado político na Ucrânia que se tornou viral em todos os meios. O humorista tem formação em Direito, mas focou a sua carreira no entretenimento. Sem nenhuma experiência política e sem apresentar muitas propostas concretas de gestão, Zelenskiy focou a sua campanha nas diferenças entre si e os restantes candidatos.


Num dos últimos debates pré-eleições uma das suas frases mais marcantes foi:

“Prometo que jamais vos deixarei cair. Uma última coisa: enquanto ainda não sou oficialmente presidente, posso dizer a todos os países do espaço pós-soviético, enquanto cidadão ucraniano: Olhem para nós! Tudo é possível".


A subida à presidência de Zelenskiy dá muito que pensar. Em junho de 2017, Ricardo Araújo Pereira relatou, no programa “Maluco Beleza” de Rui Unas, o seguinte:


A propósito ainda da má reputação do riso. Repara que, quando por exemplo o palhaço Tiririca se candidata, obtém votos que representam a abjeção. São os votos das pessoas que votariam num chimpanzé. Isto tá tão mau que eu vou votar na pior abjeção.”.


Neste artigo não comparamos (obviamente) o trabalho e conhecimentos políticos de Zelenskiy com o de Tiririca, mas não deixa de ser uma questão interessante a observar, que é a falta de crença por parte do povo nos programas políticos tradicionais.



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